Artista » Sem Abuso

  • Área cultural: Música
  • Comunidade: Vila Apolônia
  • Telefone(s): (31) 3452-8688
  • Classificação: Pagode;

Descrição:

“Sem Abuso” e com muita simpatia
O grupo de pagode, que possui dois integrantes moradores da Vila Apolônia, Rafael (20) e Márcio (19), só tem de abuso o talento e a persistência, que garantem a continuidade do trabalho.
O Grupo Sem abuso teve seu nome inspirado numa letra de pagode do grupo Art Popular. Os integrantes Rafael e Pedro estavam numa festa, em 2003, conversando sobre a idéia de formar um grupo, quando a música “Sem Abuso” começou, foi aí que decidiram que este seria um bom nome para o grupo que surgiria ali.
O Sem Abuso, com três anos de carreira, é formado por Célio (pandeiro), Pedro (tantã e composição), Quenin (repique), Warley (cavaco), Marcio (banjo), Joãozinho (violão), Rafael (vocal) e Willian (surdo). O grupo canta amores, romances e sambas antigos. As referências são Exaltasamba, Art Popular, Só pra Contrariar, Zeca Pagodinho, Alcione, Sorriso Maroto, Jovelina Pérola Negra e Fundo de Quintal.
Apresentando-se em festas e aniversários, os rapazes conseguiram comprar seus próprios instrumentos, porém ainda não possuem aparelhagem própria. Quando fica acertado o show, eles incluem o aluguel da aparelhagem no cachê.
Em maio deste ano começaram a fazer shows aos domingos num salão de festas do bairro Jardim Leblon. Como não têm ainda condições de gravar um cd em estúdio, contaram com a ajuda de um amigo que levou um computador ao local para fazer uma gravação ao vivo, com 13 faixas.
O Sem Abuso tem algumas dificuldades para dar continuidade ao trabalho, como a falta de um local adequado para ensaios e disponibilidade de tempo dos integrantes, por causa da rotina de trabalho de Warley, Joãozinho e Pedro, que inclui os sábados. Os demais integrantes estão desempregados atualmente. Mesmo com a dificuldade de parte do grupo, eles se reúnem aos sábados à noite, para manter a sintonia em dia. Apesar dos entraves no caminho, Rafael revela que o grupo “mantém o sonho de ser reconhecido artisticamente pela mídia e assim poder dar um conforto pra família e conquistar um padrão de vida melhor”.
A relação do vocalista Rafael de Oliveira Vitor com a música começou aos 12 anos de idade, quando foi convidado pelo primo para ir num pagode. Ele conta: “Chegando lá eu vi um pessoal mais velho, todo mundo tocando, tinha um senhor com um repique e me interessei pelo instrumento. Passei a ir todo domingo e fiz amizade com um rapaz que guardava os instrumentos em casa. Foi assim que aprendi a tocar o repique, observava no pagode e quando podia pegava para tocar.”
Quando ainda não tinham instrumentos, Rafael e seus amigos improvisavam com a voz, baldes e latas de leite condensado. Um dos pais de seus amigos viu que eles tinham talento e mereciam ter um apoio e decidiu comprar os instrumentos, o que originou um dos grupos dos quais Rafael já fez parte, chamado Planeta do Samba.
Hoje, o maior desejo do grupo é gravar um CD em estúdio com interpretação de sucessos e clássicos do pagode. O espaço para shows e divulgação é um sonho a curto prazo, mas para eles, atualmente, quase tão difícil quanto o primeiro. Rafael acredita que o grupo pode vencer as dificuldades e agradece, deixando a equipe da ONG orgulhosa: “O trabalho de divulgação feito pela Favela é Isso Aí está dando oportunidade para nós artistas. É difícil isso acontecer, principalmente para quem mora nas comunidades, que fica esquecido.”

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